USO DO ÍNDICE NDVI PARA DETEMINAÇÃO FENOLÓGICA DA CULTURA DA SOJA

Vitória da Silva Estevam, Nívea Patrícia Ribeiro Reges, Marcos Paulo dos Santos

Resumo


O Brasil é o maior produtor de soja mundial, com destaque para a produção nos estados de Mato Grosso, Paraná e Goiás. Ano após ano avanços veem sendo obtidos na produtividade brasileira. Esses avanços estão diretamente vinculados ao desenvolvimento de tecnologias de manejo e monitoramento das áreas de produção no país. Neste sentido técnicas de sensoriamento remoto para aquisição de informações de um determinado objeto sem a obrigação do contato direto têm sido amplamente integradas à agricultura, objetivando o monitoramento das lavouras e otimização no uso de agrotóxicos e insumos. Dentre os dados adquiridos por meio do sensoriamento remoto, estão os índices de vegetação que tem demonstrado boa relação com características fisiológicas e biofísicas da vegetação. Este tudo teve como objetivo avaliar a variabilidade do NDVI (Índice de vegetação por diferença normalizada; tradução adaptada) nos diferentes estádios de crescimento de cultivares de soja de ciclo médio e precoce. Foram utilizados dados de NDVI refletidos do dossel de plantas de soja na safra 2019/2020 cultivadas no sudeste mato-grossense, obtidos através da plataforma Field Focus. A partir dos dados obtidos determinou o valor médio de referência para cada dia após a emergência das plantas, durante todo o ciclo das cultivares. Para comparação da variação do NDVI nos estádios fenológicos de cada cultivar foi construído o intervalo com 95% de confiança para o valor médio do NDVI. A variação do NDVI foi dependente do estádio e da cultivar, mostrando-se sensível para cultivares de mesmo ciclo. Cultivares de ciclo precoce apresentam maiores valores de NDVI nos estádios iniciais e em um espaço de tempo menor, em relação às cultivares de ciclo médio, que possuem um ciclo maior, consequentemente, estádios iniciais com maiores durações. Essas informações permitem concluir que o monitoramento da fenologia usando o NDVI deve ser espeífico por cultivar, independentemente do ciclo.


Palavras-chave


sensoriamento remoto; Glycine max L.; Fenologia

Texto completo:

VOL18-1-ART-9


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Revista UniAraguaia - ISSN: 2676-0436



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