RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM DIÁLOGO POSSÍVEL

Autores

  • Frances Laine Oliveira Damaceno Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES
  • José Humberto Rodrigues dos Anjos Universidade Federal de Goiás - UFG https://orcid.org/0000-0003-1989-609X
  • Eleno Marques de Araújo Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES

Palavras-chave:

Crianças. Práticas Pedagógicas. Antirracismo.

Resumo

Este artigo, ancorado nos princípios da pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, discute as questões étnico-raciais na Educação Infantil, tendo como ponto de partida a prática pedagógica e os valores afro-brasileiros. Nesse sentido, toma como parâmetro a Lei 10.639/2003 que tornou obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas de todo o país. Partindo da ideia de que os valores civilizatórios afro-brasileiros são modos de sustentar as práticas educativas antirracistas, estabelece-se um diálogo com Trindade (2010), e outros estudiosos que tomam como objeto o ensino das tradições e da cultura afro-brasileira para crianças. Passados 19 anos da aprovação da Lei 10.639/03, ainda existem muitos entraves sobre esse assunto que devem ser enfrentados na escola e na sociedade. Entre eles, pode-se destacar a falta/negação de conhecimento, a fragilidade das formações docente e, sobretudo, a manutenção do mito da democracia racial. No curso desse processo, o currículo e os materiais didáticos não são as únicas peças essenciais para a criação de uma educação com equidade, mas, principalmente, a construção de um pensamento que se oponha a ideia de uma África única, pobre e que não contribuiu com a história do conhecimento e da humanidade. Nesse panorama, o ensino de questões afro-brasileiras, desde a Educação Infantil é um forte aliado na construção de um novo pensamento, e de um outro projeto de sociedade.

Biografia do Autor

José Humberto Rodrigues dos Anjos, Universidade Federal de Goiás - UFG

Pós-doutorando em Literatura pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Universidade Estadual do Mato Grosso. Doutor em Educação pela Universidade de Uberaba - UNIUBE. Mestre em Estudos da Linguagem, pela Universidade Federal de Goiás - UFG. Graduado em Letras, Português/Inglês e suas respectivas Literaturas pela Universidade Estadual de Goiás - UEG e em Pedagogia pela Faculdade Mantenense dos Vales Gerais - Intervale. Especialista em Gestão de Sala de aula no Ensino Superior tem experiência na área de Educação com ênfase em ensino de literatura, Formação de professores e Diversidade étnico-racial. É membro do Pacto Universitário de Educação em Direitos Humanos. Atualmente é professor efetivo da Universidade Federal de Goiás - Campus Goiás no curso de Pedagogia. É membro do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Representações Sociais e Práticas Educativas - GEPRESPE. Tem dedicado parte de sua produção intelectual e de seu trabalho docente ao combate às opressões e ao ensino de uma educação decolonial que ensine a pensar o respeito, a existência do outro e as formas de ler e compreender as relações sociais. Nesse âmbito, foi o redator do projeto que instituiu a possibilidade de pessoas transexuais e travestis adotarem o nome social no âmbito do Centro Universitário de Mineiros. Pesquisador associado à Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as - ABPN E-mail: [email protected]

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Publicado

24-05-2023

Edição

Seção

Artigos