VIVÊNCIAS DE PRAZER E SOFRIMENTO EM PROFESSORAS QUE ATUAM EM CRECHES MUNICIPAIS

Luciana Garrido Silva Borges Canuto, Katia Barbosa Macêdo, Isabelle Rocha Arão

Resumo


O trabalho em Centros Municipais de Educação Infantil, que acontece nas creches e pré-escolas públicas brasileiras é permeado por diversas pressões que podem causar angústias aos trabalhadores. É um trabalho de educação e cuidados que possui um escopo de assistência, pressupõe ensino de qualidade e ainda fomenta a economia, garantindo a presença da mulher no mundo do trabalho. Tendo como eixo de investigação a Teoria Psicodinâmica do Trabalho, o artigo apresenta dados qualitativos obtidos a partir da escuta clínica a dez professoras efetivas que atuam nesses estabelecimentos a pelo menos cinco anos. Seus discursos evidenciaram que sentem prazer em estar e acompanhar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, mas sofrem com a sobrecarga de trabalho, aliada ao ritmo intenso e acelerado, além das cobranças por documentações burocráticas; as professoras não possuem liberdade e autonomia e nem se sentem reconhecidas, mas, usam estratégias de defesa. As estratégias coletivas encontradas foram: financiar seu trabalho, trabalhar dobrado, negar e racionalizar seu sofrimento, repetir discursos oficiais. As estratégias individuais, em especial, a de medicalização, evidenciam o aparecimento das patologias, dados que convergem com recentes investigações

Palavras-chave


Professoras, Educação Infantil, Psicodinâmica do Trabalho

Texto completo:

VOL18-1-ART-13


Direitos autorais 2023 REVISTA UNIARAGUAIA

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

Revista UniAraguaia - ISSN: 2676-0436



SalvarSalvarSalvarSalvar