TRANSPARÊNCIA AMBIENTAL NO DISTRITO AGROINDUSTRIAL DE ANÁPOLIS

Autores

  • Geovanna Gabriella Cândido
  • Gustavo Strack Jager Pereira
  • Gabriele de Carvalho Santos
  • Sandro Dutra e Silva
  • Aline Cristiane Kamiya Centro Universitário Araguaia
  • Milton Gonçalves da Silva Junior

Palavras-chave:

Relatório de Sustentabilidade, Materialidade, ESG, GRI

Resumo

Este estudo analisa a transparência ambiental corporativa no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), Goiás, investigando a qualidade e o alinhamento dos relatórios de sustentabilidade com os impactos locais. A pesquisa, baseada em 154 empresas e seus relatórios publicados entre 2020 e 2024, revela um cenário de divulgação seletiva. As empresas priorizam o reporte de temas com forte pressão regulatória ou financeira, como o consumo de água (GRI 303) e as emissões de Gases de Efeito Estufa (GRI 305), enquanto negligenciam impactos locais críticos, como a perda de biodiversidade (GRI 304) e a emissão de poluentes atmosféricos específicos (NOx, SOx). Uma dissonância significativa foi encontrada entre os temas que as empresas declaram como "materiais" em seus discursos e os dados quantitativos que efetivamente publicam, especialmente no setor Químico e Farmacêutico. A principal contribuição metodológica é o Índice de Maturidade de Reporte Ambiental (IMRA), que avalia a qualidade da governança em vez do volume de dados. O IMRA demonstra que a verificação externa é um indicador de compromisso mais robusto do que a quantidade de indicadores reportados, concluindo que a prática de reporte no DAIA, em seu estado atual, funciona mais como uma ferramenta de marketing do que como um mecanismo de prestação de contas genuína.

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Publicado

31-08-2025

Edição

Seção

Artigos