MORFO-ANATOMIA E HISTOQUÍMICA FOLIAR DE Azadirachta indica A. JUSS (Neem) (MELIACEAE), CULTIVADAS EM GOIÁS

Soraia Carvalho Amede, Alva Graciano Ribeiro, Maria Helena Rezende, Maria Tereza Faria

Resumo


O Neem, Azadirachta indica A. Juss é uma árvore da família Meliaceae, originária da Índia. Nessas regiões o "Neem", é considerado uma planta medicinal de relevante importância pelos seus efeitos positivos junto à saúde das plantações, animais e do próprio homem. Muitos compostos ativos já foram isolados de A. indica sendo que o liminóide azadiractina encontrada nas sementes, usado principalmente como repelente e inseticida. Foram registrados na literatura especializada vários trabalhos do ponto de vista fitoquímico com a espécie, no entanto nenhuma literatura foi encontrada a respeito de estruturas anatômicas e estudo histoquímico desta espécie cultivada em Goiás. Este estudo teve por objetivo levantar caracteres morfo-anatomico e histoquímica das folhas. Para confecção de laminas e histoquímica foram utilizadas técnicas usuais de anatomia vegetal. Anatomicamente observou-se que A. indica, apresenta epiderme uniestratificada, cutícula espessa, presença tricomas glandulares peltados e raros tectores unicelulares em ambas as faces, hipoestomatica com estômatos predominantemente anomoíticos. Mesofilo dorsiventral, bordo arredondado, a nervura principal apresenta formato biconvexo, com maior proeminência na abaxial, o feixe vascular é do tipo colateral, organizado em arco aberto. Raque e peíolo apresentam inicio crescimento secundário, o peciólulo possui duas pequenas expansões laminares na face adaxial. Presença de grande quantidade de idioblastos contento drusas e cristais de oxalato de cálcio. Na análise histoquímica: presença de compostos lipofílicos e fenólicos, amido em praticamente todos os tecidos da lâmina foliar tricomas tectores e de alguns glandulares. Os dados estruturais apresentados neste estudo de A. indicam são compatíveis com os relatados para as Meliaceae e contribuem para o conhecimento dessa espécie, pouco investigada sob o ponto de vista morfo-anatomico e histoquímico. Os dados obtidos além de importantes como fonte de conhecimento dessa espécie, poderão ajudar na taxonomia do grupo, bem como compreender as estratégias de adaptação da espécie em Goiás.

Palavras-chave


azadiractina, tricomas tectores e glandulares, compostos lipofílicos

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Revista UniAraguaia - ISSN: 2676-0436



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