DESNUTRIÇÃO E INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

Palavras-chave:

Criança. Insegurança alimentar. Desnutrição.

Resumo

A insegurança alimentar é um dos múltiplos e inter-relacionados determinantes da desnutrição. No Brasil, uma fração significativa da população apresenta dificuldade no acesso regular e permanente aos alimentos, fator relacionado principalmente a insuficiência de recursos financeiros. O objetivo do presente trabalho foi revisar a literatura sobre o impacto da insegurança alimentar na desnutrição de crianças brasileiras. A revisão integrativa foi realizada utilizando as bases de dados PubMed, BVS e Scielo, com a questão norteadora: "Como a insegurança alimentar e nutricional predispõe as crianças brasileiras à desnutrição?". Foram selecionados sete artigos. Os resultados indicam que, em crianças com déficit de estatura, 42% apresentaram insegurança alimentar leve. Famílias abaixo da linha da pobreza têm maior prevalência de desnutrição infantil e insegurança alimentar moderada/grave (67%). Crianças em insegurança alimentar têm maior risco de desnutrição crônica, refletindo-se na baixa estatura. Os indígenas apresentam a maior taxa de desnutrição (31,45%), com valores ainda mais altos na Região Norte (38,66%). Entre as crianças vulneráveis socialmente, 56,5% têm redes sociais pequenas, e 77,2% enfrentam insegurança alimentar. O acesso aos alimentos é crucial para os padrões alimentares e os efeitos nutricionais. A desnutrição é mais prevalente entre crianças negras, beneficiários de programas de transferência de renda e residentes de áreas carentes. Conclui-se que a desnutrição resulta da falta de acesso a alimentos adequados, causado pela insegurança alimentar e nutricional.

Biografia do Autor

Maria das Graças Freitas de Carvalho, Instituto Federal Goiano

Nutricionista, Universidade Federal de Goiás; Mestrado em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal de Goiás.

Elaine Fernanda da Silva, Centro Universitário Araguaia

Bióloga, Universidade Federal de Goiás; Doutorado  em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal de Goiás.

Marília Cândido Fideles, Centro Universitário Araguaia

Nutricionista, Universidade Federal de Goiás; Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Goiás.

Mariana Martins Moreira, Centro Universitário Araguaia

Nutricionista, Universidade Federal de Goiás; Mestrado em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal de Goiás.

Lorena Morais Costa, Centro Universitário Araguaia

Nutricionista, Universidade Federal de Goiás; Mestrado em Nutrição Humana pela Universidade de Brasília.

 

Publicado

16-04-2025