INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
Alimentos ultraprocessados, alimentação complementar, Aleitamento maternoResumo
A introdução precoce de alimentos ultraprocessados na dieta de crianças menores de 2 anos tem sido um tema crescente de preocupação devido aos potenciais impactos na saúde infantil. Esta revisão de literatura busca explorar os efeitos dessa prática, destacando os riscos associados ao desenvolvimento nutricional e ao aumento de doenças crônicas na infância. Revisar a literatura sobre a introdução de alimentos ultraprocessados na dieta de crianças menores de 2 anos e seus impactos na saúde e no desenvolvimento. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases de dados Lilacs, SciELO, PubMed e Capes Periódicos, entre setembro e novembro de 2024. Foram incluídos artigos científicos, disponíveis na íntegra, em português e inglês, que respondessem à questão norteadora: quais os impactos da introdução de alimentos ultraprocessados na dieta de crianças menores de 2 anos? Os descritores utilizados foram: alimentos ultraprocessados, alimentação complementar e aleitamento materno. Critérios de exclusão incluíram duplicidade nas bases de dados, teses, dissertações e cartas editoriais. A introdução precoce de alimentos ultraprocessados esteve associada à baixa escolaridade materna, multiparidade e baixa renda familiar. O consumo desses alimentos elevou os riscos de obesidade, doenças crônicas e desenvolvimento inadequado em crianças. Estratégias educativas direcionadas a famílias e profissionais de saúde são essenciais para reduzir a exposição precoce a alimentos ultraprocessados, promovendo hábitos alimentares saudáveis e contribuindo para o crescimento e bem-estar infantil.
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