RISCO DA TRÍADE DA MULHER ATLETA EM CORREDORAS E SUA RELAÇÃO COM CONSUMO ALIMENTAR DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO NOVA

Autores/as

  • Lara de Oliveira Caye Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
  • Joane Severo Ribeiro Universidade Federal de Jataí (UFJ)
  • Wátila de Moura Sousa Universidade Federal de Jataí (UFJ)
  • Camila Oliveira Barbosa de Morais UniAraguia
  • Felipe Aquino Domiciano Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Alessandra Peres Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

Palabras clave:

síndrome da tríada da mulher atleta, consumo alimentar, alimentos industrializados

Resumen

A prática de exercício físico, quando associada a um desequilíbrio entre ingestão e gasto calórico, pode desencadear a Tríade da Mulher Atleta: uma síndrome caracterizada por baixa disponibilidade energética, disfunção menstrual e densidade mineral óssea reduzida. A falta de estudos que avaliem a qualidade da dieta das mulheres nessa condição dificulta o entendimento sobre como a alimentação está relacionada com a Tríade. Portanto, o presente estudo tem como objetivo relacionar o risco da Tríade em corredoras com o consumo alimentar segundo a classificação NOVA. Trata-se de um estudo transversal realizado com 7 atletas do sexo feminino com idade entre 18 e 39 anos. Foram coletados dados antropométricos e dietéticos, e o risco da Tríade foi avaliado pelo Questionário LEAF-Q. As mulheres com risco da Tríade representaram 28,5% da amostra e apresentaram menor massa corporal, IMC, percentual de gordura e maior volume de treinamento. O risco da Tríade foi relacionado com uma ingestão proteica excessiva, um menor aporte de carboidratos e maior consumo de fibras. Também foi observado um maior consumo de alimentos in natura, minimamente processados, ingredientes culinários e ultraprocessados nas atletas com risco. Os resultados evidenciam uma falta de conscientização sobre escolhas alimentares saudáveis neste grupo, além de possivelmente apontarem um padrão de alimentação em comum entre mulheres com risco da Tríade. Portanto, práticas de intervenção multidisciplinares para estabelecer um quadro de saúde adequado para as atletas, além de condutas que garantam prevenção, promoção e tratamento dessa condição são necessárias.

Biografía del autor/a

Lara de Oliveira Caye, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Ciências da Saúde (UFCSPA).

Joane Severo Ribeiro, Universidade Federal de Jataí (UFJ)

Professora efetiva da Universidade Federal de Jataí (UFJ), lotada no Instituto de Ciências da Saúde - Curso de Fisioterapia, na área de Fisioterapia Pélvica, Fisioterapia em Saúde Coletiva e Epidemiologia. Possui graduação em Fisioterapia (2010) e Ciências Sociais (2006) pela Universidade Federal de Santa Maria, mestrado (2014) e doutorado (2023) em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, e mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2015).Membro da Sociedade Brasileira de Imunologia - SBI e da Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher - ABRAFISM.

Wátila de Moura Sousa, Universidade Federal de Jataí (UFJ)

Graduado em Fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO). Especialista profissional em Fisioterapia Respiratória pela Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva - ASSOBRAFIR/COFFITO. Especialista em Fisioterapia Hospitalar com ênfase em Terapia Intensiva e em Fisiologia do Exercício Aplicada à Clínica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestrado e doutorado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é membro do Núcleo de Pesquisa em Reabilitação Cardiovascular - NUPREC/UFG e professor efetivo da Universidade Federal de Jataí (UFJ), lotado no Instituto de Ciências da Saúde - curso de Fisioterapia, na área de Fisioterapia Cardiovascular e Terapia Intensiva.

Felipe Aquino Domiciano, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Doutorando no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás (2023-2027). Mestre em Direitos Humanos pelo Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás (2021-2023). Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela Escola Superior de Direito (2018-2019), Direito Contratual pelo Complexo de Ensino Renato Saraiva (2019-2020), Docência no Ensino Superior pela Faculdade Estratego (2020-2022), Direito Previdenciário pela Faculdade Legale (2020-2021), na Lei Geral de Proteção de Dados pela Faculdade Legale (2022-2023) e em Direito Penal e Processo Penal pela Faculdade Legale (2022-2023). Graduado em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira - Campus Goiânia (2013-2017). Atualmente é Advogado regularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás e vice-coordenador da Subcomissão de Direitos Humanos das pessoas refugiadas da OAB/GO (2022/2024). Segue a linha de pesquisa democracia e desigualdades, que tem por objetivo tematizar a relação entre democracia e desigualdade no aspecto social, político, econômico e jurídico no âmbito do Estado nacional e da proteção internacional, principalmente sobre migração internacional e de apoio/amparo a grupos de minorias, quais sejam, migrantes, refugiados, pessoas com deficiências e com doenças graves.

Alessandra Peres , Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, mestrado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pós doutorado em Geriatria e Gerontologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Atualmente é professora pesquisadora associada I da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Tem experiência na área de Marcadores inflamatórios na obesidade e no Exercício Físico. 

Publicado

2025-06-08

Número

Sección

Artigos