CARACTERIZAÇÃO MORFOANATOMIA E HISTOQUÍMICA DE Hyptis rubicunda POHL ex BENTH. (LAMIACEAE), OCORRENTE NA SERRA DOURADA, GOIÁS, BRASIL

Autores

  • Aline Silva de Castro
  • Heleno Dias Ferreira
  • Maria Helena Rezende
  • Maria Tereza Faria

Palavras-chave:

tricomas tectores e glandulares, venação semicraspedódroma, hipoestomatica

Resumo

As Lamiaceae são reconhecidas por sua importância econômica e etnofarmacológica. O gênero Hyptis pertence às Lamiaceae com cerca de 400 espécies, no Brasil são encontradas 202 espécies, sendo 146 endêmicas. O objetivo desse estudo foi caracterizar morfologicamente e anatomicamente o caule e a folha da espécie Hyptis rubicunda Pohl ex Benth., visando auxiliar na caracterização desta espécie e contribuir com novos dados para o grupo. A espécie foi coletada na Serra Dourada, Mossâmedes, Goiás. Para o estudo anatômico utilizaram-se as técnicas usuais em anatomia vegetal, realizando-se secções paradérmicas da lâmina foliar, além de secções transversais da do caule e folha. O padrão de venação é do tipo craspedódroma semicraspedódroma com nervuras até a quarta ordem. A lâmina foliar é hipoestomáticas, com estômatos do tipo diaíticos e raros anisoíticos. Em ambas as faces do limbo ocorrem tricomas tectores uni e pluricelulares, glandulares, peltado e capitados. O mesofilo dorsiventral; nervura principal em secção transversal apresenta contorno plano- convexo. O Sistema vascular é do tipo colateral, organizado em arco aberto, presença de hidatódios marginais. O peíolo e o caule possuem tricomas. Os testes histoquímicos detectaram-se lipídios principalmente nos tricomas glandulares, compostos fenólicos nos tricomas tectores, amido e sílica na região das células basais dos tricomas tectores. Os dados obtidos neste trabalho contribuirão para o estabelecimento de parâmetros de identidade botânica, podendo fornecer subsídios para a taxonomia, bem como compreender as estratégias de adaptação da espécie ao seu ambiente natural.

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