INFLUÊNCIA DA TAXA DE CÂMBIO NO CUSTO DE PRODUÇÃO DA SOJA EM GOIÁS, DE 2010 A 2020

Autores

  • Maurício dos Santos Cavalcante Universidade Federal de Goiás
  • Clayton Luiz de Melo Nunes Universidade Federal de Goiás
  • Douglas Paranahyba de Abreu Centro Universitário UniAraguaia.

Palavras-chave:

soja, custo de produção, câmbio.

Resumo

A soja é uma das principais culturas agrícolas produzidas no Brasil, sendo responsável pelo consumo de aproximadamente 45% de todo fertilizante utilizado no país. Aproximadamente 40% do custo de produção da soja está atrelado à necessidade de fertilizantes, que, em sua maioria, são importados e por isso sofrem influência da taxa de câmbio. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar a influência da taxa de câmbio no custo de produção da soja, no período de janeiro de 2010 e dezembro de 2020, analisando a evolução histórica dos preços dos principais fertilizantes utilizados na produção de soja no Brasil. Para isso foi utilizada a série histórica de preços para o estado de Goiás de formulados de NPK, deflacionados pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), e para o câmbio, utilizou-se a série histórica da taxa de câmbio efetiva real da agricultura, pecuária e serviços relacionados. Assim foi possível observar que formulados de NPK apresentam variações de preços similares ao longo do período analisado, apresentando uma tendência de alta ao longo do tempo. Descontando a inflação do período, ainda é possível perceber uma tendência de aumento nos preços reais do NPK. Com relação à taxa de câmbio efetiva real da agricultura, pecuária e serviços relacionados, é possível perceber também uma tendência positiva. Houve um coeficiente de correlação positiva e moderada entre a taxa de câmbio e a média de preços dos principais fertilizantes utilizados na produção de soja. Isso demostra que um câmbio instável é motivo de atenção para os produtores de soja, pois seu custo de produção está positivamente correlacionado a essas variações.

Biografia do Autor

Maurício dos Santos Cavalcante, Universidade Federal de Goiás

Engenheiro Agrônomo (UFG).

Clayton Luiz de Melo Nunes, Universidade Federal de Goiás

Engenheiro Agrônomo, Mestre em Economia Aplicada (USP), Professor na Escola de Agrononomia da Universidade Federal de Goiás.

Douglas Paranahyba de Abreu, Centro Universitário UniAraguaia.

Economista, Mestre em Agronegócio (UFG), Professor no Centro Universitário UniAraguaia.

Publicado

2022-02-24

Edição

Seção

Artigos